LAURA_ AkiÓ->DemonCrazy- Banheiro Químico, Hooyong, 2017, Coreia do Sul.

2017

Residencia / Ação / Performance

Performance resultado da residência artística de 30 dias, em Hooyong arts Center, Nottle Teather, Wonju, Coreia do Sul.

Artistas e perfomers de diferentes nacionalidades (Coreia do Sul, Vietnã, Mexico, Indonesia, Peru, Irã, Brasil e Japão) produziram seus trabalhos a partir de discussões sobre o tema “Democracia no século 21”.

A performance que ocorreu dentro de um banheiro químico abandonado, espelhava o desconforto,asfixia e estranheza, inerentes ao espaço, com a crise política e econômica que o Brasil atualmente enfrenta.

Questionando nossa democracia suportada por uma política capitalista neoliberal, a artista sugere a mudança desse tipo de governo.

Iniciando a performance escovando os dentes com  pasta de Wasabi, LAURA_AkiÓ-> (re) cria seu próprio ritual diário, visando expressar a partir do ato-performático, a amargura, o desagrado e a loucura de nossa democracia – Demoncrazy.

Se apropriando do aspecto simbólico de alguns elementos, como:

Pipoca – que na religião Umbandista simboliza a transformação;

Pentagrama – relacionado com a filosofia do Hermetismo;

Vassoura de palha -que na cultura ocidental é associada aos rituais pagãos e na cultura coreana à figura mitológica do Dokkaebi;

Makgeolli- bebida tradicional sul-coreana, que é usada para adorar os espíritos dos deuses nas práticas do xamanismo coreano.


LAURA_AkiÓ-> busca renovar o aspecto simbólico desses antigos elementos sagrados, o que acaba por  atribuir a eles novos significados, como ocorre com a bebida tradicional sul-coreana Makgeolli.

Em sua performance a bebida se torna o “Holly Makgeolli”, uma analogia a água na religião cristã, que representa a redenção do mundo, da vida, a continuidade e a ressurreição.

     Makgeolli para curar <-> Pipoca para transformar

Criando seu próprio ritual, LAURA_AkiÓ->propoem a transformação:

DemonCrazy

em

DiamondCrazy

O deslocamento, da figura, entre a residencia artística- Hooyong arts Center, e as ruas da cidade, foi filmado a partir de um sistema inventado pela artista que se assemelha aos registros obtidos por uma Gopro. Graças a esse sistema de filmagem acoplado em seu chapéu, foi possível o registro, não só da coleta de garrafas de Makgeolli descartadas , mas também a reação e a relação dos pedestres ao se depararem com sua figura.

Esta ação, acaba assumindo um caráter performativo, que a partir dos registros feitos, revela olhares indagados, assustados, curiosos, alegres e duvidosos.